Nos atos festivos da 7ª Reunião de Cúpula da ALBA, na histórica região boliviana de Cochabamba, se pode observar quantas simpatias despertam os cantos, danças, vestes, rostos expressivos dos seres humanos de todas as etnias, cores e matizes: indígenas, negros, brancos e mestiços, nas crianças, nos jovens e nos adultos de todas as idades. Ali se expressavam milênios de história humana e a rica cultura, que explicam a decisão com que os líderes convocaram essa Cúpula.
A 7ª Reunião da ALBA teve grande sucesso. A ALBA — criada pela República Bolivariana da Venezuela e Cuba, como um exemplo, sem precedentes, de solidariedade revolucionária — tem demonstrado quanta coisa se pode fazer em apenas cinco anos de cooperação pacífica. O povo da Venezuela, como o de Cuba, resistiu às brutais investidas do imperialismo.
Os sandinistas se recuperaram e a luta pela soberania, independência e socialismo ganhou força na Bolívia e no Equador. Honduras, que aderiu à ALBA, foi vítima de um brutal golpe de Estado, inspirado pelo embaixador ianque e impulsionado na base militar dos Estados Unidos em Palmerola.
Hoje, quatro países latino-americanos eliminaram o analfabetismo: Cuba, Venezuela, Bolívia e Nicarágua; o quinto, Equador, avança para esse objetivo. Os planos de saúde integral nos cinco países caminham a um ritmo que nunca houve no Terceiro Mundo. Os cinco Estados já possuem um reconhecido prestígio no mundo pela sua posição corajosa diante do poder do império. À ALBA, aderiram três países caribenhos de origem negra e língua inglesa, que lutam resolutamente pelo seu desenvolvimento.
O sistema que, numa breve etapa histórica, levou à existência de mais de 1 bilhão de famintos e de muitas outras centenas de milhões, cujas vidas apenas ultrapassam a metade da média de que desfrutam os dos países ricos, era até este momento o principal problema da humanidade. Na Cúpula da ALBA se colocou com muita ênfase um novo problema: a mudança climática. Em nenhum outro momento da história humana houve um perigo de tal magnitude.
Enquanto Hugo Chávez, Evo Morales e Daniel Ortega se despediam da população de Cochabamba, o primeiro-ministro britânico Gordon Brown presidia em Londres uma reunião do Fórum das Grandes Economias do mundo, principais responsáveis pelas emissões de dióxido de carbono. Ele advertiu que, se não se chegar a um acordo em Copenhague, as consequências serão “desastrosas”.
Enchentes, secas e ondas de calor letais são algumas das conseqüências “catastróficas”, afirmou por sua vez o grupo ecológico Fundo Mundial para a Natureza: “Não haverá um plano B se Copenhague fracassar”.
A 13 de dezembro, reunião da ALBA em Havana; 16 de dezembro, em Copenhague, estará o pequeno grupo de países da ALBA. Já não é questão de “Pátria ou Morte”; é questão de “Vida ou Morte”.
Por Fidel Castro
Do site da Caros Amigos
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