Projeto propõe ampliação das Ações Afirmativas nas Instiuições de Ensino Superior e Técnico

Neste projeto 50% das vagas em escolas tecnicas federais e nas universidades federais seriam para estudantes que concluiram em escolas públicas.

O Senado voltou a discutir nesta quarta-feira (1°) o projeto de cotas nas universidades federais Os senadores ouviram o ministro da Igualdade Racial, Edson Santos (foto 1), que foi defender as cotas para negros, pardos e índios nas universidades federais.“A adoção de cotas nas universidades públicas de nosso país vai possibilitar ao nosso jovem o acesso ao ambiente acadêmico e com isso ele poderá retribuir à sociedade de acordo com a sua potencialidade, com o seu trabalho”, disse o ministro.Mas quem vive dentro da universidade tem preocupações. “Se nós hoje não conhecemos o ódio racial, conflito racial, se nós hoje somos inclinados à mistura, à aceitação, à tolerancia, ao gosto pela mestiçagem, pode ser que amanhã não sejamos mais por conta de escolhas equivocadas que estamos fazendo agora”, disse o historiador e professor da Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ) José Roberto Pinto de Góes.Pela proposta que está sendo analisada na Comissão de Constituição e Justiça do Senado, 50% das vagas serão destinadas aos estudantes das escolas públicas. As vagas seriam preenchidas seguindo proporção de negros, índios e pardos em cada estado.Metade das vagas reservadas (25% do total) deve ser preenchida por estudantes oriundos de famílias com renda per capita de até 1,5 salário mínimo. A outra metade é reservada a alunos negros, pardos e indígenas.Durante o debate, chegou a notícia de que a proposta não poderia ser votada na comissão antes de uma decisão da Mesa do Senado. O senador Marconi Perillo (PSDB-GO) pediu que seja anexado um antigo projeto dele que cria cotas sociais. Mas neste caso, as vagas das universidades seriam reservadas para alunos do ensino público, independentemente da cor da pele.“O objetivo desse projeto que eu apresentei o ano passado é justamente de garantir a todos em pé de igualdade, negros, pobres, brancos pobres, mestiços pobres, amarelos pobres, todos, o direito de ingressarem à universidade”, disse Perillo.O parecer da relatora Serys Slhessarenko (PT-MT) deve ser favorável às cotas raciais. Mas o presidente da comissão, senador Demóstenes Torres (DEM-GO), já prepara um texto alternativo que defende as cotas sociais.“Essa história de insistir com cotas raciais, insistir para que o Brasil se divida em branco, negros, índios, amarelos, isso parece completamente descartado. Se insistirem, eu não acredito que o Senado vá fazer essa aprovação. A ideia é cada vez mais buscar a integração do pobre independentemenet da sua cor”, afirmou Demóstenes.
Do PE360Graus

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